segunda-feira, 30 de março de 2015

Duas horinhas de céu


Mesmo longe daqui por tanto tempo, confesso que nunca esqueci do Blog. Por uns dias, ele foi substituído por pensamentos, cadernetas e agendas. Mas, na Semana Santa, quando estou por escolha mais reflexivo e introspectivo, fui convidado por mim mesmo pra voltar até aqui.
Quero falar um pouco sobre a experiência do show do padre Fábio de Melo no último domingo aqui em Salvador. Na data em que Salvador comemorou 466 anos, fomos presenteados com o show do Padre Fábio, na praça pública, sob o olhar atento do poeta Castro Alves. 

Cheguei um pouco atrasado, quando já tinha passado alguns minutos do show. Anda pra aqui, anda pra ali, encontra o melhor lugar. Pouco tempo depois, já dava pra sentir que aquela seria uma experiência bem próxima de Deus. Foram "duas horinhas de céu". Na praça, rodeado por famílias, freiras, idosos, crianças e jovens, a cada música, letra e reflexão feita pelo padre Fábio, era possível exercitarmos pensamentos individuais, lembrarmos de uma pessoa querida, relembramos de momentos passados.
(foto: Valter Pontes/ Prefeitura de Salvador)
O padre Fábio de Melo, como muitos vendem a ideia por aí, não é genial por ser um homem que se coloca numa posição principal e diferenciada. O padre Fábio de Melo chega tão fortemente às pessoas porque se permite ser instrumento de Deus. Ontem, durante o show, ele dizia que a ''verdadeira riqueza é amar e ser amado''. Que, diante de tantas experiências de riquezas materiais que ele presenciou, amar e ser amado são dois motivos que mais trazem felicidade. Sábias palavras. A vida do padre Fábio não é formada só por flores e multidões o aplaudindo - basta fazer uma curta pesquisa. Mas, ele decidiu amar e servir a Deus. Por isso, por ser tão disponível a Deus, ele hoje chega tão facilmente às pessoas, principalmente àquelas que mais precisam. É servindo que nós somos, depois, servidos.

Pra quem esteve na praça Castro Alves na noite desse Domingo de Ramos, foi possível viver ''duas horinhas de céu''. As músicas e reflexões tocavam direto no coração, geravam lágrimas de segurança em Deus, de superação, de emoção. As ''duas horinhas de céu" nos dão força para renovar a nossa fé e sair em missão, pra evangelizar.

Todos nós podemos ser instrumentos de Deus. Talvez numa dimensão menor, todos nós podemos ser o Pe. Fábio do outro, aquele que consegue apresentar Jesus na linguagem e na doçura correta. E as "duas horinhas de céu"? Elas podem ser diárias. Depende muito mais da nossa entrega a Deus do que do show do Pe. Fábio.

Que Deus nos abençoe nesta Semana Santa. É, ainda mais, um momento de ficar ao lado Dele. Com Ele, por Ele e para Ele.