domingo, 15 de julho de 2012

Feliz pela "tal felicidade" de Frejat

Terminou neste domingo (15) em Salvador mais uma edição do Festival Rock Concha. O espaço de shows mais emblemático de Salvador foi palco para apresentação do cantor e compositor Frejat. Mais do que um show, foi um espetáculo. A turnê "A tal da felicidade" é simplesmente sensacional, na qual ele consegue cantar um repertório dançante, mesclando músicas consagradas, autorais e interpretações de grandes nomes da música brasileira.
Todo o show vale a pena. Da entrada com "Palco" ao fechamento com "Exagerado", passando por canções belíssimas como "Segredos" e "Por você". No meio de tudo isso, o ex-vocalista do Barão Vermelho canta músicas de Tim Maia e Malandragem, música que foi imortalizada na voz de Cássia Eller e é de autoria de Frejat com Cazuza. Aliás, esse último é lembrado durante todo o show e não há como não sentir saudades desse fenômeno da música pop que tão cedo se despediu deste mundo.
Foi uma noite daquelas que fica na nossa cabeça por anos, talvez eternamente. Ver pessoas de diferentes gerações cantando e dançando as mesmas músicas é fantástico. Mostra que a boa música ultrapassa fronteiras, vai além do tempo e pode chamar a atenção em qualquer espaço geográfico. Preocupante é imaginar que quando essa geração terminar - e já se foram Cazuza, Renato Russo e Cássia Eller - não se sabe ao certo quem vai assumir a cena. A carência de ídolos e carreiras sólidas toma conta do Brasil e nós esperamos que surjam novos ídolos, com base em verdadeiros talentos. Para mim, resta agradecer pelo privilégio de ouvi-los e ainda aproveitá-los por muito tempo.
Sem nenhuma pretensão de ser crítico musical, acho que consegui registrar essa noite tão especial para mim, ainda mais pela companhia que tive. Um show lindo, em que se canta e dança, em que a frase que se ouvi na saída é "valeu a pena, foi bom demais"! Valeu, Frejat!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Escrevo pra registrar, não para explicar...

Como já escrevi aqui no blog, nem tudo na vida sai conforme planejamos, projetamos ou arquitetamos. Essa minha mania de querer que tudo siga uma lógica, esteja no campo da razoabilidade, deixa de fazer sentido quando encontramos situações em que somos incapazes até de nos reconhecermos. E, por mais uma vez, foi assim. Fica a lição de que sair do controle, se perder pelos caminhos, pode ser, sim, a melhor opção.
Sem explicações pautadas na razão ou em fatos cronológicos, minha mão encontrou outra para segurar, firme e forte. Mesmo que essa seja menor do que aquela, consigo encontrar o apoio, que ainda é recente, mas confiável. Minutos depois que as mãos se juntaram, logo os meus dedos - mais longos - fizeram um movimento de encaixe, como dois membros que se completam, se acrescentam, se preenchem.
   
E nesse novo "estado", como convencionou-se chamar socialmente, os detalhes ganham força, participam das cenas principais. O que era rotina, torna-se diferente. O trivial, marcante. O sorriso, inspirador. Reitero o meu desejo de viver a vida de forma intensa, pagando para ver o que Deus reservou para mim. Dessa vez, a presença Dele parece ainda mais forte, com uma interferência real, além do campo das ideias. O que para mim está reservado, só a vivência há de me dizer e, confesso, não tenho a menor pretensão de descobrir isso agora. Prefiro, definitivamente, viver.

Daqui para frente, sem os pés no chão, não restam dúvidas que nos basta fechar os olhos para acreditar que, juntos, podemos voar...