Sem explicações pautadas na razão ou em fatos cronológicos, minha mão encontrou outra para segurar, firme e forte. Mesmo que essa seja menor do que aquela, consigo encontrar o apoio, que ainda é recente, mas confiável. Minutos depois que as mãos se juntaram, logo os meus dedos - mais longos - fizeram um movimento de encaixe, como dois membros que se completam, se acrescentam, se preenchem.
E nesse novo "estado", como convencionou-se chamar socialmente, os detalhes ganham força, participam das cenas principais. O que era rotina, torna-se diferente. O trivial, marcante. O sorriso, inspirador. Reitero o meu desejo de viver a vida de forma intensa, pagando para ver o que Deus reservou para mim. Dessa vez, a presença Dele parece ainda mais forte, com uma interferência real, além do campo das ideias. O que para mim está reservado, só a vivência há de me dizer e, confesso, não tenho a menor pretensão de descobrir isso agora. Prefiro, definitivamente, viver.
Daqui para frente, sem os pés no chão, não restam dúvidas que nos basta fechar os olhos para acreditar que, juntos, podemos voar...
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