domingo, 17 de junho de 2012

Diminuir o ritmo e fugir da média

As vezes é preciso parar, frear, diminuir um pouco o ritmo. Distante desta ideia, meus dias estavam alucinantes e a sensação de nunca completar o objetivo era rotineira no final de todos eles. Até que, numa terça-feira de feriado, em casa, num almoço em família.... pronto! Pé na porta e dedo menor do pé direito quebrado! O destino se encarregou de diminuir meu ritmo forçadamente. Imobilização, gesso, uma semana fora do trabalho e aquela pequena fratura me incomodava um monte, porque me impedia de fazer as coisas que eu mais gostava - ir e vir e, acima de tudo, trabalhar.
O exagerado aqui, vivenciador de sensações extremistas, então, se isolou e o foco era só querer que o dedo voltasse ao lugar, mesmo que não tivesse muito a ser feito, só repousar. Lá se vão quase cinquenta dias após a fratura e agora me parece que, não como antes, mas ele já está totalmente útil de novo. E qual foi a lição disso tudo? Pensando e repensando, consigo entender que eu precisava realmente diminuir o meu ritmo. As vezes a minha "autocobrança" é tão inconsequente que me impede de conhecer a satisfação plena, porque o que vem na minha cabeça é sempre o imaginário de que "eu poderia ter feito mais".
Preocupado em não me acomodar, as vezes deixo de aproveitar os méritos, as conquistas, e fixo meu olhar de forma pessimista, egoísta, quase absurda. Como canta Maria Gadú, "entre o bem e o mau a linha é tênue", assim também é entre a insegurança e a cobrança exagerada - pelo menos no meu caso.
Sendo clichê, posso dizer que mais uma vez a dificuldade me ensinou, me deu novas perspectivas. Calma, Victor, uma coisa de cada vez. Aos 22 anos, as coisas parecem estar no caminho certo. Um avanço aqui, outro atraso ali e o importante é ficar um pouco acima da média, porque quem fica na média, conceitualmente, é medíocre. Peguei pesado? Vamos em frente que amanhã é segunda-feira....!

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