segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um detalhe, muito fôlego.

Como um experimento tecnológico, o ser humano precisa de pequenos estímulos para continuar funcionando. Na psicologia das nossas mentes, convencionamos a chamar isso de motivação, palavra tão utilizada hoje pelos especialistas em recursos humanos e no mercado de trabalho. Afinal, onde achar esta motivação? Há quem acredite que ela só é verdadeiramente encontrada nos aumentos salariais, promoções de poder e cargos de chefia. Por outro lado, pessoas como eu preferem encontrá-la diariamente, nos detalhes que a vida nos proporciona.
Hoje, ao reencontrar Camilinha, minha colega de trabalho na TV, deparei-me com um desses detalhes que nos dão um novo fôlego para prosseguir na caminhada, no sonho. Ela passou alguns dias trabalhando na redação do Jornal Nacional, no Rio de Janeiro. De lá, trouxe a minha edição - que ela levou na viagem, do livro Jornal Nacional - Modo de Fazer, escrito por William Bonner. Na primeira página, a grata surpresa, o autógrafo do autor e editor-chefe do telejornal. Mais do que isso, tive o prazer de ouvir que ele comentou o fato do livro está todo marcado, com alguns destaques e anotações até certo ponto pertinentes.


A obra foi lida por mim logo depois de lançada e relida quando eu estava produzindo o meu Trabalho de Conclusão de Curso, um documentário que mostra as rotinas produtivas da TV Bahia. Modo de Fazer, se é assim que posso apelidá-lo, é um livro para deixar qualquer estudante de jornalismo com água na boca. Os relatos de Bonner, as histórias de coberturas, todas as narrações permitem que as portas do maior telejornal do país se abram para que os seus bastidores sejam conhecidos, ou, pelo menos, apresentados. Foi assim comigo, antes mesmo de me apaixonar pela televisão. Comecei a namorar com este veículo através do livro.
Jornalismo não é uma profissão em que a motivação vai ser encontrada nos salários, no glamour, ou em qualquer reconhecimento fantasmagórico. Jornalismo é a profissão em que a motivação vem do amor pela atividade, pela vontade de informar e modificar realidades, de fazer as pessoas compreenderem melhor o mundo em que vivem, choram e riem. Por isso, o jornalismo é para quem acredita em "pequenas motivações". Obrigado, Camilinha. Obrigado, Bonner.

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