segunda-feira, 9 de abril de 2012

Lembranças além de um simples baba

Depois de pelo menos dois anos sem jogar bola, voltei a bater um baba hoje. Estava em casa, prestes a dormir, quando veio o convite do meu amigo Giácomo Degani. Na hora, a insegurança de nem lembrar direito como se domina uma bola quase me fez desistir, mas eu fui... Até que não decepcionei. Confesso que em muitos momentos o corpo não atendia aos pensamentos da mente, faltava fôlego, mas o resultado foi positivo. No final, deu até pra fazer um gol e dar um toque de letra. Para quem nunca era escolhido como primeiro do último (mas também não o último!), é um rendimento satisfatório.
Nostálgico que sou, não tem como não vir na memória momentos da minha infância e adolescência em Jacobina, quando o futebol e os babas eram, literalmente, parte da minha vida. Recordo-me como se fosse hoje que depois da escola ou do colégio, boas partes das minhas tardes - ou quase todas - eram na AABB, seja jogando futebol, ou assistindo a alguém jogar. O convívio era tanto que costumava brincar com Nelson, Brinquedo e os demais funcionários do clube que ali era o "quintal da minha casa".
O mais incrível é como tudo aquilo reflete hoje no meu caráter. Sem dúvidas, foi na AABB que eu aprendi os primeiros conceitos do que é amizade, que ouvi histórias de pessoas mais velhas, muitos ensinamentos. Foi lá, principalmente, onde eu mais fixava olhos e ouvidos para gravar as belas histórias a respeito do meu saudoso pai, que não conheci pessoalmente, mas sempre admirei pela personalidade e caráter.
Mais do que qualquer liberação de adrenalina - fundamental para quem tem uma rotina super corrida como jornalista, o baba de hoje me fez mergulhar no passado, nas minhas história. E, com convicção, em uma das melhores partes dela.

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