terça-feira, 17 de abril de 2012

Quem sabe o erro está na recepção

Uma história simples que se complica, um enredo com textos repletos de clichês e excessos que ultrapassam a sensualidade e chegam quase na pornografia. Foi essa a impressão que tive ao ver o filme "Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios", estrelado pela atriz Camila Pitanga e dirigido por  Beto Brant e Renato Ciasca.
Ultrapassando as ideias que o título poderia sugerir, o longa narra a história de uma prostituta que se casa com um líder religioso e depois passa a ser amante de um fotógrafo. É neste triângulo amoroso que o filme corre, com muitas cenas de sexo, nudez e textos que as vezes deixam o espectador confuso, sem compreender onde pretende chegar o enredo.


Longe de mim querer ser um crítico de cinema, não tenho a menor legitimidade intelectual para isso. No entanto, a democracia da blogosfera me permite opinar, analisar a obra de acordo com a minha egoísta interpretação. No longa que tem a maioria das cenas passada em uma localidade indígena, Camila Pitanga atua de forma mediana, longe de outros trabalhos, como a Bebel da novela Paraíso Tropical, lembram?
A história é repleta de cortes no tempo, com idas e vindas que não se explicam por si só. Início e final do longa não se batem. A verborragia poética do personagem Victor, um jornalista amante dos livros, também não tem tanto sentido quanto pretendia o autor. Valeu a pena assistir para guardar o contexto na minha biblioteca cultural, a qual sempre precisa evoluir. Como não sou crítico, nem tenho esta pretensão, continuo indicando o filme, porque cinema sempre faz bem a alma. Assistam e tirem suas próprias conclusões, tão ou até mais válidas quanto a minha.

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